Monte Castelo

Ainda não falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos

Sem o amor, eu nada seria

É só o amor, é só o amor

Que conhece o que é verdade

O amor é bom, não quero mal

Não sente invejo, sim, mãe, dê sim

O amor é o fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente.

É um contentamento descontente. É dor que desatina sem doer.

Ainda se eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem o amor eu nada seria.

É o não querer, mas que bem querer. É solitário andar por entre a gente.

É o não contentar-se de contente. É cuidar que se ganha e se perder.

É o estar-se preso por vontade, é servir a quem vence o vencedor

É o pecor quem nos mata, é a aldade

Não o contrário, é sim, é o mesmo amor

Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem

Agora vejo em parte, mas então veremos face a face

É só o amor, é só o amor

Que conhece o que é verdade

Ainda que eu falasse a língua dos homens

E falasse a língua dos anjos

Sem o amor, eu nada seria