Eu Quero é Ver O Oco

Menino doido, tu quebrou até os friso

Tem noção do prejuízo, acha que o teu véi vai te matar

Os olhos dele esperando o carro do ano

Um modelo italiano que acabaram de inventar

Carrão da porra, tu pisava e ligava

Tu bate, bate com a cabeça no volante

Foi pelo vidro da frente a raiva preta

Eu não pude conter

Com sangue quente, contei a testa, quebrei os dentes

Toda aquela gente perto e não vem ninguém me ajudar

Nem se mexiam, pior que isso, eles iam

Teto preto, tempo fecho, os ovo inflama, hora do pau cantar

Eu quero ver o Oco

Só na vontade, eu detestei, mas detestei matar

Eu quero ver o Oco

Se cantou e tocando fora é hora de dançar

Meu ódio por automotores começou a ser

Depois que eu tranquei os dedos na porta de um Opalão

Meu pai de dentro se ria, que se mijava

Achou que o filho festejava era dia de Cosme e Damião

Depois do dedo foi o braço, a perna, as costas

Tu duvida, bate aposta, pois muitos vão lhe testemunhar

Tanta fratura que deixa a doutora louca Pina até no céu da boca

Tu cansa só de tentar contar

Eu quero é ver o roca

Pedi muito enfermeira vem me ajudar

Eu quero é ver o roca

Ô enfermeira gente boa vem me medicar

O cara é ferrouco!

O cara é ferrouco!