Raul Seixas / Paulo Coelho
A, C, D, Em, G
Muitas vezes, Pedro, você falava
Sempre a se queixar da soledão
Quem te fez com ferro fez com fogo
Pedro, é pena que você não sabe, não
Vai pro seu trabalho, fim do dia
Quem sabe se é bom ou se é ruim Quando quer chorar, vai ao banheiro
Pedro, Pedro, as coisas não são bem assim Toda vez que sinto o paraíso
Ou me temo dobro no inferno
Penso em você, meu pobre amigo
Que só usa sempre o bem moderno
Pedro, onde você vai, eu também vou
Pedro, onde você vai, eu também vou
Mas tudo acaba onde começou
Mentira, mentira nas tuas roupas
Que a vida é séria, a guerra é dura
Mas se não puder, calha essa boca, Pedro
E deixa eu viver minha loucura
Lembro, Pedro, aqueles velhos dias
Quando os dois pensavam sobre o mundo
Hoje eu te chamo de caneta, Pedro
E você me chama vagabundo
Pedro, onde você vai, eu também vou
Pedro, onde cê vai, eu também vou, mas tudo acaba onde começou.
Meu amigo Pedro.