A Revolta Dos Dandis, Pt. I

Entre o rosto e o retrato, o real e o abstrato,

Entre a loucura e a lucidez, entre o uniforme e a nudez,

Entre o fim do mundo e o fim do mês, entre a verdade e o rock'n'play,

Entre os outros e você.

Eu me sinto estrangeiro, passageiro de algum trem

E não passa por aqui E não passa de ilusão

Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem

E não passa por aqui E não passa de ilusão

Entre mortos e feridos Entre gritos e gemidos

a mentir e a verdade, a solidão e a fidelidade.

Entre um copo e outro da mesma bebida,

e entre tantos corpos com a mesma ferida,

eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem

que não passa por aqui, que não passa de ilusão.

Eu me sinto um estrangeiro,

Partageiro de algum trem

Que não passa mora aqui,

Que não passa de ilusão.

Entre americanos e soviéticos,

Gregos e troianos, entrando e saindo,

Sempre os mesmos planos.

Entre a minha boca e a suco Há tanto tempo, há tantos planos

Mas eu nunca sei Pra onde vamos

Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem

Que não passa buraco Que não passa de ilusão

Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem

Que não passa por aqui não Que não passa de ilusão

Eu me sinto um estrangeiro Passageiro de algum trem

Eu me sinto estrangeiro, passageiro de algum trem.

Eu me sinto estrangeiro, passageiro de algum trem.